Os nove laboratórios farmacêuticos que investem em pesquisa no País resolveram se unir para pleitear uma política de inovação para o setor no País."O Estado brasileiro ainda não definiu o que quer fazer com os investimentos em pesquisa", diz Josimar Henrique da Silva, presidente do laboratório Hebron e também da recém-criada Associação FarmaBrasil.Silva diz que falta articulação no Governo. "Temos apoio de algumas instituições, mas não de outras".
Embora demandem mais recursos para pesquisa, o setor reivindica apoio institucional para estimular hospitais, públicos e privados, e universidades a investir em centros de pesquisa para testes com animais (fase pré-clínica) e também com humanos (fase clínica).
"Hoje essas pesquisas têm de ser feitas no exterior", diz Silva, que acredita que os laboratórios nacionais já possuam pesquisa suficiente para justificar a existência de centros de pesquisa.
"O mercado de pesquisas pré-clínica e clínica movimenta US$ 30 bilhões no mundo", diz ele. "Se tivéssemos centros habilitados e qualificados, poderíamos realizar pesquisas para outros países também, atraindo divisas".
Juntos, os nove laboratórios que integram a FarmaBrasil (Aché, Biolab, Cristália, EMS, Eurofarma, Hebron, Hypermarcas, Libbs e União Química) respondem por 75% do faturamento da indústria farmacêutica nacional. A entidade ainda não tem o volume total dos investimentos em pesquisa. "Estamos ainda estruturando a associação", diz Silva.
Para o presidente da associação, o estímulo à pesquisa é a única forma de reduzir o deficit na balança comercial do setor de saúde, de R$ 8,6 bilhões. "A pesquisa é necessária. Ou a gente faz um trabalho interno ou ficaremos dependentes", diz ele.
"Somos um País com quase 200 milhões de habitantes que não fabrica insulina, antibiótico ou hormônio". Os laboratórios nacionais, segundo a FarmaBrasil, têm pesquisas nessas áreas. [http://www.ictq.com.br/portal]
Fonte: Protec
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