terça-feira, 6 de setembro de 2011

Indústria: na fronteira entre o desaquecimento e a retração

Segundo dados divulgados pelo IBGE, o Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre de 2011 atingiu os R$ 1,02 trilhão a preços de mercado. O índice trimestral com ajuste sazonal assinalou um incremento de 0,8% no segundo trimestre frente ao trimestre imediatamente anterior. Frente ao segundo trimestre de 2010, o PIB brasileiro apresentou alta de 3,1%, variação inferior aos seis trimestres anteriores (no segundo trimestre de 2010, houve crescimento de 9,2%; no terceiro, de 6,7%; no quarto trimestre, de 5,0%; no primeiro deste ano, de 4,2%). Até junho de 2011, o PIB brasileiro acumulou um avanço de 6,8%.

Ótica da Oferta

Na comparação com o segundo trimestre de 2010 com dados livres dos efeitos da sazonalidade, Serviços foi o grande destaque, com o aumento de 3,4%, após a alta de 4,0% no trimestre anterior. A Indústria apresentou crescimento de 1,7%. Já a Agropecuária, não registrou variação.

Em relação ao segundo trimestre de 2010, Serviços se destacou com um crescimento de 3,4%. Dentre seus subsetores, os destaques nessa comparação foram: Serviços de informação (5,5%), Comércios (4,9%), Intermediação financeira (4,5%), Transporte, armazenagem de correio (3,5%). A Indústria desacelerou, passando para 1,7%, as maiores expansões se deram na eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (3,4%) e na extrativa mineral (2,7%). A construção civil, por sua vez, após ter crescido 5,2% no primeiro trimestre, teve expansão de 2,1% no segundo trimestre de 2011. Houve um aumento de 1,2% no volume do valor adicionado da Indústria de transformação. Ainda na mesma comparação, a Agropecuária registrou variação nula, após crescimento 3,1% no primeiro trimestre.

Ótica da Demanda. Na passagem do 1º trimestre de 2011 para o 2º trimestre de 2011, com dados dessazonalizados, contribuindo para o avanço de 0,8% do PIB, atuou, principalmente, na Formação Bruta de Capital (1,7%). Consumo de governo e o Consumo de famílias também obtiveram crescimento: 1,2% e 1,0%, respectivamente. No setor externo, as exportações assinalaram alta de 1,3%, enquanto que as Importações aumentaram 6,1%, evidenciando o descompasso da balança comercial.

Em relação ao segundo trimestre de 2010, o Consumo das Famílias cresceu 5,5%. O consumo do governo foi outro componente a exibir elevação (2,5%) nessa comparação. A Formação Bruta de Capital Fixo aumentou 5,9%. Do lado da demanda externa, as exportações e importações apontaram decréscimo de 6,0% e 14,6%, respectivamente.

Participação no PIB. Pela ótica da oferta, entre o primeiro trimestre de 2011 e o segundo trimestre de 2011, o setor Industrial, que partiu de uma participação de 22,2%, chegou a 22,6%. O setor de serviços, o de maior peso no valor total do PIB manteve-se relativamente estável, obtendo participação de 56,8%. A agropecuária, por sua vez, representou 6,1% do PIB, comparativamente aos 4,9% registrado no trimestre anterior.

Já na ótica da demanda, o maior destaque no segundo trimestre é o Consumo de famílias que obteve recuo de 3,3 p.p. em relação ao PIB frente ao primeiro trimestre. Ainda assim, segundo essa ótica, o maior componente continua sendo o Consumo das Famílias, com 60,0% do PIB, seguido pelo Consumo do Governo (20,3%). As Exportações apontaram no primeiro trimestre uma participação inferior (11,9%) à das importações (12,3%).

Fonte:Saúde Web

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